TEORIA MUSICAL: Modo mixolídio
Modo mixolídio
O quinto modo grego é o modo Mixolídio. Na escala de Dó maior, o quinto grau é Sol. Veja abaixo então a escala de Sol mixolídio:
G, A, B, C, D, E, F
Sequência observada: tom-tom-semitom-tom-tom-semitom-tom
Sequência observada: tom-tom-semitom-tom-tom-semitom-tom
Dica: É a escala maior com a 7ª menor
Nós já explicamos a utilização dos modos gregos do ponto de vista de improviso, mas seria interessante aproveitar esse momento aqui para fazer uma observação. Se quiséssemos solar uma música que está na tonalidade de Dó maior começando com a nota Sol, utilizaríamos a escala de Sol Mixolídio (até aqui nenhuma novidade). Talvez você ainda não tenha se convencido da utilidade disso na prática pois está pensando: “se eu quiser usar a escala maior de Dó começando com a nota Sol, eu pego o desenho de Dó maior, na região em que eu faria a escala de Dó maior, e faço esse desenho começando da nota Sol:
Tudo bem, não há problema nisso. Mas digamos que uma música estivesse mudando de tonalidade. Imagine que estava em Sol Maior e agora passou a ser Dó maior. Você estava solando em sol maior utilizando a escala abaixo, nessa região do braço do instrumento:
Agora que a música passou a ser em Dó maior, você pulou para essa região:
Se você soubesse o desenho de Sol Mixolídio, poderia continuar na mesma região que estava antes, porém mudando o desenho que antes era esse:
Para esse:
Isso deixaria o solo infinitamente mais bonito e fluido, pois a mudança de tonalidade no solo seria muito suave e agradável. Se, nesse exemplo, você mudar a região do braço para pensar na escala de Dó maior, você fará essa mudança de tonalidade ficar muito mais brusca e dura de engolir.
Ouça músicos como Pat Matheny, Mike Stern, Frank Gambale e observe como eles trabalham as modulações (mudanças de tonalidade). Essa fluidez vêm do domínio completo dos desenhos dos modos gregos.
Além disso, conhecer bem os desenhos desses modos ajudará você a não se prender a um desenho de escala somente, o que faria seu solo ficar “quadrado” e viciado. De quebra, esse domínio propicia um controle total do braço do instrumento.
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