A NECESSIDADE DE UM MÚSICO SER HUMILDE

De fato, a falta de humildade é algo perigoso na vida de qualquer um, em qualquer área que seja. Mas se torna algo ainda mais trágico quando acontece no serviço a Deus. A soberba simplesmente invalida esse serviço, esse ato de louvor, pois que se achega para louvar e oferecer uma oferta a Deus precisa fazer isso em ato de humilhação, reconhecendo a sua condição de servo, e tributando assim louvores ao seu SENHOR.
As palavras SERVIÇO e SOBERBA são incompatíveis. Se um servo é soberbo, logo ele não é servo. E se ele é servo, ele não pode ser soberbo.
Como músicos, somos apenas servos. Servimos primeiro a Deus, louvando-O com a nossa música; e depois aos homens, os auxiliando nesse mesmo louvor. O musico cristão está lá para servir, e não para ser reconhecido.
É importante frisar isso, porque como músicos, temos a tendencia de sofrer a influência do conceito terreno de musico, onde este busca proficiência para alcançar fama, sucesso, dinheiro e reconhecimento. Logo, é cada vez mais comuns vermos músicos cristãos subindo em palcos e comendo dos “manjares da fama”, em nada se diferenciando do musico secular.
A industria cultural transformou músicos em “deuses da música”, que, segundo eles, merecem ser louvados por causa de seu talento extraordinário. É triste ver músicos “do mundo” tocando cada vez menos pela arte e cada vez mais pelo “showbiz”. E mais triste ainda tem sido ver músicos cristãos trilhando o mesmo caminho.
E não pense que em nossa igreja estamos livres disso. É bem verdade que não tocamos por cachês, Grammys, e aparições na TV, mas ainda assim tocar um instrumento nos deixa de certa forma “visados”. Que músico aqui nunca foi apresentado a alguém com as credenciais ” esse irmão é músico”? Como se isso nos colocasse em um patamar diferenciado diante de Deus e dos homens.
Como dito nos textos anteriores, temos que buscar sempre dar o melhor que podemos com os nossos instrumentos, mas não devemos esquecer da nossa condição de servos, inúteis, que não fazem nada além daquilo que Deus manda. Não somos uma classe especial de crentes, e nem mesmo somos melhores em louvor do que aquele que tem menos conhecimento musical que nós.
Salomão, por exemplo, fez coisas lindas com a sabedoria que Deus lhe deu. Seus provérbios e o livro de Cantares foi traduzido em centenas de línguas e continuam sendo considerados belos através dos anos e dos povos. Mas em Eclesiastes, humildemente, Salomão reconhece que toda a sua sabedoria não passa de vaidade, não porque ela não é importante, mas sim porque sua sabedoria não poderia lhe salvar. No fim do livro de Eclesiastes, Salomão reconhece que mais importante que toda a sabedoria é servir a Deus enquanto é tempo (Eclesiastes 12) e repartir o que temos com o nosso próximo (Eclesiastes 11).
Que possamos buscar e alcançar sabedoria assim como Salomão conseguiu, mas que possamos também estar munidos dessa mesma humildade, e que possamos servir, repartindo com o proximo tudo o que alcançarmos, porque é isso que os servos fazem.

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